Conhecimento não faltou no 18º Congresso de Cirurgia do Joelho da SBCJ, que teve aulas de professores do mundo todo, mas confesso que me entusiasmou especialmente poder reencontrar presencialmente velhos e bons amigos
Depois de um longo período distante por causa da pandemia, a comunidade brasileira de cirurgiões do joelho pôde se reencontrar. O 18º Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ), aconteceu dos dias 20 a 23, na cidade de São Paulo (SP).
Embora trocar conhecimento seja sempre o principal objetivo desse tradicional evento — e isso nunca falta e não faltou nesta edição, que teve aulas de professores do mundo todo sobre temas novos, como robótica, e fundamentais, como tratamentos para patologias tradicionais —, confesso que, neste ano, entusiasmou-me especialmente a oportunidade de reencontrar presencialmente velhos e bons amigos.
Por todo o contexto, o congresso trouxe consigo muito mais valor e alegria. Foi essa a percepção de todos os presentes, amigos e grandes cirurgiões vindos de todos os cantos do País. É claro que o evento teve, sim, muito conhecimento adquirido, mas não perdemos a chance de nos encontrar também em momentos mais recreativos depois do “expediente”.
Aliás, as fotos também mostram que revi colegas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), com os quais também divido projetos acadêmicos e científicos valiosos e dos quais já falei, em alguns momentos, neste blog e nas minhas redes sociais.
As imagens também mostram que tive o prazer de dividir, com os demais cirurgiões, um pouco do meu conhecimento. No sábado (23), falei a respeito de um tema que faz parte da minha linha pesquisa e estudo: a onlay, técnica cirúrgica de reconstrução do ligamento cruzado posterior (LCP) criada pelo saudoso professor Cleber Pacolla, que, como vocês sabem, é um dos meus mentores nessa jornada profissional e mentor também de mais de uma dezena de excepcionais profissionais que estiveram presentes a este encontro.
Naturalmente, destaquei todas as vantagens que enxergo na técnica cirúrgica criada pelo professor, que, a meu ver, é a mais segura e eficiente para o tratamento de ruptura do LCP. Aliás, vale o registro também, nosso grupo de estudos na FMRP já publicou cinco artigos acadêmicos em revistas internacionais mostrando as qualidades deste tratamento.
Além dessa apresentação, também participei, na sexta (22), como avaliador de artigos sobre temas livres. Na ocasião, pude observar a qualidade dos trabalho: todos de altíssimo nível e a maioria publicados em revistas internacionais de alto fator de impacto. Foi igualmente recompensador ver grandes colegas ministrarem aulas e fazerem grandes apresentações. Meu amigo, Dr. José Leonardo Rocha, do Into, por exemplo, falou sobre um trabalho que fizemos juntos no Laboratório de Engenharia Biomecânica de Florianópolis (SC).
Para finalizar, queria registrar a belíssima homenagem feita pela SBCJ ao professor Marco Amatuzzi, pioneiro nas cirurgias de joelho no Brasil. Ele foi um dos idealizadores da SBCJ, uma das sociedades médicas mais tradicionais e respeitadas na ortopedia nacional. Uma curiosidade: ele também se formou médico pela FMRP, embora tenha construído a maior parte de sua carreira na capital paulista. Dr. Amatuzzi faleceu no ano passado e deixou um legado inestimável e atemporal para a comunidade médica brasileira.
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