Uma banca de doutorado que estudou o desenvolvimento do LCA em crianças e jovens. Outra, de mestrado, sobre a importância de os pacientes operados da coluna terem bons níveis albumina e vitamina D no organismo e seis cirurgias realizadas em quatro dias.
A segunda semana cheia de outubro foi rica em conhecimento para mim: pude participar de duas bancas, uma de mestrado e outra de doutorado, e, no meu retorno à sala de cirurgia, realizar seis procedimentos em quatro dias.
A participação na banca de doutorado aconteceu com um aluno da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no dia 15, e tratou precisamente de cirurgia do joelho, minha, especialidade. A banca de mestrado, por sua vez, foi pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e envolveu cirurgia da coluna.
Na Unifesp, o agora doutor Fernando Lima, sob orientação do professor-doutor, radiologista, Artur da Rocha Correa Fernandes e coorientado pelos professores Pedro Debieux e André Aihara, estudou o desenvolvimento do ligamento cruzado anterior (LCA), por ressonância magnética, em crianças e jovens de seis a 18 anos. Foi um estudo tão bem-feito que acabou premiado com a publicação de dois artigos científicos, a respeito, em duas revistas internacionais de alto impacto.
Vale destacar que, cada vez mais, crianças e jovens se aventuram em esportes que os expõem a lesões no cruzado anterior — não só futebol, mas esportes radicais — e esse estudo traz peculiaridades do desenvolvimento do ligamento que nos ajudam enormemente na escolha dos melhores tratamentos em caso de lesão de LCA nesse público.
Participar da banda desse doutorado também foi especial pelo fato de eu poder reencontrar um velho amigo, Dr. Debieux, que foi meu calouro na FMRP-USP e, depois de formado, foi fazer residência na Unifesp, onde está até hoje.
Nutrição e coluna vertebral
No dia 13 de outubro, participei da banca de mestrado de Anderson Marin, que foi orientado pelo professor-doutor Fernando Herrero. O tema dele: “avaliação dos níveis de albumina e vitamina D na população de pacientes operados da coluna vertebral”.
Em resumo, trata-se de uma avaliação nutricional específica dos pacientes submetidos a cirurgia de coluna que verificou a importância dos bons níveis de albumina e vitamina D do paciente no pós-cirúrgico.
O estudo de Marin vai ao encontro de conhecimentos mais genéricos sobre a nutrição, ensinados aos alunos da graduação de medicina e que precisam ser especialmente considerados nas pós-graduações em medicina esportiva, por exemplo.
A dissertação de mestrado de Marin, assim, contribui para enriquecer ainda mais a literatura a respeito da importância da boa nutrição para os pacientes operados da coluna. Por isso, para mim, foi uma grande satisfação participar dessa banca e acompanhar um mestrando tão qualificado e zeloso em seu estudo, Anderson Marin, e um orientador tão competente quanto o Dr. Fernando Herrero. Parabéns a ambos.
Semana cirúrgica
Nesta semana de muito conhecimento teórico, também não faltou prática. Como informei há algumas semanas, retomei as cirurgias depois de quase sete meses parado. Com seis procedimentos na semana, foram quatro dias cirúrgicos: terça, operei pelo meu atendimento clínico particular; quarta, pelo Sistema Único de Saúde (SUS); quinta, novamente, pela clínica particular e, hoje (sábado), volto a operar pelo atendimento particular.
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