Como profissional autônomo, o médico precisa ser capaz de realizar uma gestão eficiente das próprias competências e a educação continuada é muito mais do que um dos caminhos, é o único
Recentemente, fiz uma visita ao Johnson & Johnson Institute em São Paulo, Capital. Dois aspectos me marcaram na visita. O primeiro foi poder reler o “Nosso Credo”, texto elaborado em 1943, por Robert Wood Johnson (fundador da empresa), cujo conteúdo impressiona pela atualidade. A segunda foi poder experimentar o instrumental do laboratório, simulando uma cirurgia de revisão de prótese, com a utilização de um material recém-chegado ao Brasil e sobre o qual pude aprender em 2019, em viagem de estudo a Palm Beach (EUA).
“Devemos continuar as pesquisas, desenvolver programas inovadores” é um dos trechos do Nosso Credo. Esse é um valor que trago comigo. Um médico é uma pequena empresa e, além de sólidas bases de conhecimento, ele precisa estar em constante atualização para, de fato, ser inovador. Em grande medida, esse valor se alinha a um aprendizado que tive dos meus professores, Cleber Pacolla, Maurício Kfuri e Fabricio Fogagnolo, de sempre rever os materiais que não fazem parte de minha rotina.
O fato é que, no dia 4 de setembro, eu faria uma cirurgia de revisão de prótese e, por isso, deveria rever o material a ser usado no procedimento. Fiz a visita ao instituto em São Paulo, antes do dia 4 de setembro, e pude conhecer o wet lab (laboratório molhado), que me impressionou pela qualidade. Também pude simular a mesma cirurgia que faria no dia 4 de setembro, o que foi fundamental para aumentar a minha confiança e fazer com que tudo corresse muito bem durante o procedimento.
Contudo, mais do que qualquer tecnologia — embora a tecnologia seja sempre imprescindível —, o sucesso alcançado em mais esse desafio profissional, foi, mais uma vez, fruto dos ensinamentos dos meus professores, cuja maior das lições que me transmitiram (posso garantir!) foi a consciência de que jamais devo parar de aprender e jamais devo parar de treinar.
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