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Jornada Caipira de Ortopedia: um retorno às raízes

Voltei à minha cidade natal, Piracicaba (SP), para dar aula sobre um tema que conheci e aprendi durante meus estudos nos EUA: reparo da lesão da raiz do menisco. Foi a primeira vez que estive na Jornada Caipira de Ortopedia e gostei muito da experiência.

Tive o prazer de participar hoje (25), pela primeira vez, da Jornada Caipira de Ortopedia, que, neste ano, chegou à sua 4ª edição.

Essa participação tem uma curiosidade: trata-se de uma jornada realizada na cidade de Piracicaba, onde nasci, cresci e de onde saí, em 1998, para estudar Medicina em Ribeirão Preto. Outra curiosidade: minha esposa também é de Piracicaba. Eu a levei daqui para Ribeirão, onde nasceram nossos filhos e onde fixamos residência.

Confesso que, às 4h30 da manhã de hoje, acordei e partir de Ribeirão rumo a Piracicaba com um sentimento especial de quem retorna às origens transformado: de um menino caipira e tímido para um médico formado e pai de família.

Tratei, na aula que dei na Jornada Caipira de Ortopedia, da lesão da raiz do menisco, que, até bem pouco tempo atrás, a maioria dos médicos tinha dificuldade até de diagnosticar.
Tratei, na aula que dei na Jornada Caipira de Ortopedia, da lesão da raiz do menisco, que, até bem pouco tempo atrás, a maioria dos médicos tinha dificuldade até de diagnosticar.

Minha participação no evento, fruto do convite do Dr. Alexandre Pacheco — um excelente ortopedista de Piracicaba —, consistiu em dar uma aula de ortopedia para um público de ortopedistas especialistas em joelho. O tema foi bastante específico e tratou de uma lesão, a da raiz do menisco, que, até bem pouco tempo atrás, a maioria dos médicos tinha dificuldade até de diagnosticar.

O grande problema é que, se essa lesão não for bem tratada desde o começo, ela evoluirá rapidamente para uma artrose do joelho, um problema bem mais sério, doloroso, com prejuízos consideráveis à mobilidade e que, normalmente, culmina em uma artroplastia — colocação de prótese. Em outras palavras, trata-se de um paciente que exige cuidados bem peculiares.

Tudo isso, eu aprendi durante o doutorado e o fellow que fiz em Pittsburgh (EUA), em 2011. Aliás, na minha apresentação, mostrei um trabalho do qual participei lá e que ilustra os cuidados necessários para impedir que o problema ganhe as dimensões de uma artrose.

Depois da palestra, aproveitei que estava em minha cidade natal para dar uma passada na casa da minha mãe e tomar um café com ela, que é a maior responsável por eu ter me tornado médico.
Depois da palestra, aproveitei que estava em minha cidade natal para dar uma passada na casa da minha mãe e tomar um café com ela, que é a maior responsável por eu ter me tornado médico.

Foi uma apresentação num modelo diferente, de “embate”, em que eu defendi uma tese, um ponto de vista e outro ortopedista contesta a minha ideia e propõe outra abordagem médica ao problema. Porém, meu oponente concordou com a minha explanação. Hoje em dia, o modelo que apresentei, da realização de artroscopia reparadora da raiz do menisco, é ponto pacífico entre a sociedade de ortopedia em todo o mundo.

Depois da palestra, aproveitei que estava em minha cidade natal para dar uma passada na casa da minha mãe, tomar um café com ela — a maior responsável por eu ter me tornado médico — e partir de volta para Ribeirão Preto. Afinal, amanhã (26), sábado, tenho outra aula para dá.

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