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Um marco na história da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico

Os 10 anos de um congresso marcante pela quantidade de público, qualidade do conteúdo e por contribuir enormemente para o crescimento da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO)

Há aproximadamente 10 anos, um evento marcou a história da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO). Pela primeira vez, o congresso nacional da especialidade (CBTO) cruzou a barreira dos 1 mil inscritos. O evento ocorreu em Salvador, na Bahia, quando, no mesmo final de semana, mas em outro local, ocorria o congresso brasileiro de Cirurgia da Mão. A presidência da Sociedade Brasileira de Trauma, em 2011, era desempenhada pelo meu mentor, Prof. Dr. Mauricio Kfuri.

O depoimento do Dr. Kfuri sobre esse marcante congresso

Naquele ano, tivemos um grande empenho da diretoria da Sociedade de Trauma Ortopédico para mudar a fórmula do congresso. O objetivo principal foi o de compreender as necessidades do participante e oferecer, para todos, um evento inovador. Trouxemos convidados internacionais muito conhecidos e aclamados pelo público. Oferecemos um modelo de imersão completa, em que o participante não precisaria sair do local do evento para uma refeição, visto que alimentação de excelente qualidade foi incluída nos custos da inscrição.

Os temas principais do congresso foram baseados em problemas ortopédicos muito comuns na prática clínica, como a fratura distal do rádio, a fratura trocantérica e as fraturas expostas. O conceito era o de revisar a literatura de cada um destes temas e oferecer para o ortopedista o que havia de mais atual naquele momento para a tomada de decisões e o tratamento do seu paciente.

A grade científica foi muito valorizada e todos os trabalhos de pesquisa apresentados no formato de tema livre culminaram com uma publicação indexada na Revista Brasileira de Ortopedia, em suplemento dedicado ao Trauma Ortopédico.

O evento foi pensado em cada detalhe, foi gravado na íntegra e teve uma aula magistral do Prof. Marvin Tile descrevendo a trajetória de sua carreira profissional. Esta aula emocionou o público que o aplaudiu de pé por vários minutos. O CBTO 2011 marcou pela qualidade e pelo desejo de oferecer o melhor para os ortopedistas brasileiros. Uma fórmula que, desde então, segue sendo repetida com sucesso.

A minha participação

Eu participei do congresso em uma mesa redonda sobre “joelho flutuante”, mas me lembro da satisfação de todos os presentes, pois além da oportunidade de atualização em alto nível, ninguém desejava sair do centro de convenções, tão agradável estava o ambiente. Ribeirão Preto (SP) contribuiu decisivamente para este evento com a presença dos professores Fabricio Fogagnolo, Rogerio Bitar, Rafael Lara, Nilton Mazer e Edgard Engel. Como disse, eu também tive o privilégio de estar lá.

A minha área de interesse sempre foi a cirurgia do joelho. Mas eu tive uma oportunidade muito especial em ser formado não apenas nesta subespecialidade, como também na cirurgia do trauma ortopédico. Nestes anos atuando na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, um centro Latinoamericano da Fundação AO, a mais prestigiada instituição para ensino do trauma ortopédico em todo o Mundo, eu pude desenvolver o meu conhecimento em várias patologias traumáticas do joelho.

Uma visão integral do joelho

Segundo o Prof. Kfuri, “o joelho não é uma articulação, mas um órgão, e esta é a forma como deve ser entendido e tratado.” Assim eu fui treinado a tratar os meus pacientes, entendendo o joelho como um todo, e a importância de preservar cada uma das estruturas do joelho (cartilagem, meniscos, ligamentos, osso) para melhorar a função dos pacientes.

“Em tempos de pandemia, onde os eventos presenciais não são possíveis, é importante manter na memória as oportunidades que tivemos de confraternizar, valorizando ainda mais a importância do convívio e da amizade. Com certeza voltaremos a esta realidade em breve. Enquanto isso, seguimos focados no tratamento aos pacientes e na educação médica continuada online.” Faço minhas as palavras do Prof. Kfuri.

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