A viagem se deu graças a um velho amigo e grande especialista em joelho: Dr. Serbino. A ideia das aulas foi compartilhar o conhecimento especializado que tenho em cirurgias de ligamento cruzado posterior, tema do meu doutorado, e em tratamentos para lesões meniscais.
No dia 25 de junho, última terça-feira, eu tive a satisfação de dar duas aulas, em Porto Velho (RO), a uma plateia de estudantes de medicina e fisioterapia, ortopedistas, cirurgiões e fisioterapeutas da capital de Rondônia e da cidade de Ariquemes, a 200 quilômetros de Porto Velho. Os temas abordados foram “revisão sobre as técnicas mais atuais no tratamento de lesões meniscais” e “tratamento da lesão do ligamento cruzado posterior”.
Minha visita à capital de Rondônia se deveu a um amigo de longa data, Dr. José Wilson Serbino Júnior, o Gata, um ortopedista especializado em joelho com 10 anos a mais de experiência do que eu, estudante também da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRB-USP) e da Faculdade de Medicina de São Paulo, capital, (FMUSP).
Serbino, que, além dos feitos médicos, traz no histórico acadêmico a honra de ter criado a bateria da Atlética da Faculdade de Medicina da USP-RB (importantíssima para os resultados da faculdade nos jogos universitários de que participam seus alunos), tentara me levar a Rondônia para dar essas aulas em 2018, mas, infelizmente, não havia sido possível. Desta vez, porém, deu certo.
O evento, realizado pelo Clube do Joelho de Rondônia, aconteceu no auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado (CREMRO) e começou às 19h30.
A ideia das aulas foi compartilhar o conhecimento especializado que tenho em cirurgias de ligamento cruzado posterior, tema do meu doutorado, e em tratamentos para lesões meniscais, sobretudo na raiz do menisco, conhecimento que trouxe do período de estudos em Pittsburgh (EUA), aprendizado obtido, na ocasião, com o prof. Christopher Harner.
Além das aulas, tive a oportunidade de conhecer a clínica de Serbino, a Cia. do Movimento, e fiquei impressionado com a estrutura e a qualidade dos equipamentos usados, por exemplo, para avaliar a condição biomecânica dos pacientes, sobretudo aqueles que, depois de um tratamento ortopédico e fisioterápico, pretendem retomar a atividade esportiva. Seus pacientes dispõem de uma estrutura de reabilitação que não deve em nada às clínicas dos grandes centros do País.
Depois de uma recepção e um tratamento maravilhosos, tanto da parte de Serbino, como de toda a sua equipe, com destaque ao Dr. Rodrigo de Figueiredo Gonçalves, embarquei de volta a Ribeirão e vivenciei um episódio curioso e, até então, inédito para mim. Na conexão Porto Velho-Belo Horizonte, precisei socorrer três passageiros do voo. Uma senhora desmaiou no banheiro e um rapaz chegou perto disso em seu acento na aeronave. Ambos tiveram uma crise de fraqueza.
Para completar, uma senhora, ao meu lado, convulsionou… Não era exatamente o voo que eu esperava, mas, nessas horas, é inevitável ter orgulho de ser médico e poder ajudar as pessoas em situações tão complicadas.
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