Infecção periprotética do joelho: a busca, em boa companhia, por um diagnóstico mais preciso

“O estudo do perfil metabólico do líquido sinovial dos pacientes com infecção periprotética do joelho” é o nome da tese de Alan Mozella, defendida com êxito no dia 21 de dezembro de 2022. O estudo, do qual tive a honra de ser orientador, traz avanços para o diagnóstico desse tipo de infecção

Estar em boa companhia faz toda a diferença: ajuda em nosso desenvolvimento pessoal e, dependendo do caso, gera frutos que beneficiam não apenas os envolvidos, mas toda a sociedade.

Acho que a minha maior riqueza são as minhas parcerias e amizades — isso inclui meus familiares, claro. Mas, aqui, estou falando de trabalho, de produção de conhecimento mesmo.

Ao longo de 2022, tive a oportunidade de falar, algumas vezes, da aliança do programa de pós-graduação de ortopedia da USP de Ribeirão com os profissionais do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO).

No finzinho do ano passado, essa parceria rendeu mais um inestimável fruto: o doutorado de um grande amigo e brilhante cirurgião do joelho, Alan Mozella, que, atualmente, é o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e chefe do grupo de joelho do INTO.

Mas não é só pelas suas qualidades acadêmicas, de gestão e médicas que eu faço questão de fazer esse post, é também por quem ele é como ser humano. Para mim, é um exemplo de conduta em vários aspectos.

Imagina, então, se não é um prazer enorme, para mim, ter a honra de ser seu professor orientador nessa linda jornada de conhecimento que é a realização de um doutorado!

Eu já havia vivido experiência similar com o Dr. Hugo Cobra também em 2022 e, no dia 21 de dezembro, pude acompanhar o capítulo mais importante dessa história do Alan: a defesa pública de seu doutorado.

“O estudo do perfil metabólico do líquido sinovial dos pacientes com infecção periprotética do joelho” é o nome de sua tese, defendida, claro, com êxito. Mas que contribuição o estudo nos traz…

As infecções que ocorrem após as artroplastias constituem os quadros mais desafiadores associados ao uso de próteses. Apesar da sua importância, há pouco conhecimento sobre suas causas: não se dispõe de nenhum biomarcador que facilite e torne o seu diagnóstico mais assertivo.

Eis a razão da importância desse estudo: ele busca um biomarcador, por meio do metabolismo do líquido sinovial, que facilite, agilize e aprimore o diagnóstico dessas infecções.

Os resultados do estudo foram bem consistentes. Tanto é que ele já gerou quatro artigos científicos: dois já foram publicados, um está sendo avaliado e tem grandes chances de sair e o quarto será enviado para uma grande revista internacional.

Em resumo, não resta a menor dúvida de que estou mais do que bem acompanhado e que o resultado não poderia ser melhor.

Por isso, agradeço às instituições envolvidas e a todos, especialmente a Alan Mozella, ao professor e coordenador da pós-graduação da USP, Dr. Vicente Garcia, ao Dr. José Leonardo e ao Dr. Hugo Cobra, assim como a Carolina Leal, do INTO, e a Maria Rita, da USP.    

É um orgulho fazer parte desse time e desfrutar do prazer que a pesquisa e a oportunidade de aprender juntos nos proporciona.

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